A transição energética no Brasil deixou de ser uma pauta do futuro e se tornou um movimento estratégico no presente. Em um cenário de pressão ambiental global e busca por segurança energética, as comunidades energéticas surgem como catalisadoras de uma transformação descentralizada, sustentável e economicamente inclusiva. Neste artigo, você vai entender como as CERs se estruturam, o impacto que elas geram no ecossistema energético nacional e de que forma empresas e municípios podem se beneficiar dessa solução.
A promessa das comunidades energéticas vai além da geração de energia limpa. Elas representam um novo modelo de governança, onde cidadãos, empresas e governos locais tornam-se protagonistas da produção e do consumo de energia. Ao democratizar o acesso à energia renovável, as CERs promovem justiça energética e fortalecem a autonomia de territórios que antes dependiam exclusivamente de grandes concessionárias.
Nos próximos parágrafos, você vai descobrir o que são as comunidades energéticas, como elas operam no Brasil, os incentivos regulatórios disponíveis, os desafios enfrentados na implementação e como empresas como a Eagleprojects, parceira da Agile7, têm ajudado municípios a tirarem projetos do papel com inteligência e tecnologia de ponta.
O que são comunidades energéticas?
As comunidades energéticas renováveis (CERs) são associações ou cooperativas formadas por pessoas físicas, jurídicas ou entes públicos que compartilham a produção e o consumo de energia proveniente de fontes renováveis, como solar, eólica e biomassa.
A estrutura é baseada na geração distribuída, conceito regulamentado no Brasil pela ANEEL e recentemente aprimorado com o Marco Legal da Geração Distribuída (Lei nº 14.300/2022).
O objetivo principal de uma CER é gerar, consumir, compartilhar e até comercializar energia limpa de forma coletiva, priorizando os interesses dos seus membros, não o lucro individual. Isso permite que até mesmo pequenos consumidores participem da transição energética de maneira ativa e econômica.
Como as comunidades energéticas contribuem para a transição energética?
No Brasil, o setor elétrico ainda é centralizado e dependente de grandes usinas e linhas de transmissão. As CERs quebram esse paradigma ao introduzirem uma lógica local e cooperativa de geração de energia, que traz impactos diretos sobre os seguintes pilares da transição energética:
- Descarbonização: Reduzem drasticamente as emissões de gases de efeito estufa ao utilizarem apenas fontes renováveis.
- Descentralização: Diminuem a dependência da matriz centralizada ao ampliar os pontos de geração.
- Democratização: Promovem acesso justo à energia limpa para comunidades vulneráveis e pequenos consumidores.
- Digitalização: Estimulam o uso de tecnologias como smart grids, IoT, e plataformas de gestão energética.
Além disso, ao gerar economia direta na conta de luz dos participantes, as CERs têm potencial para reduzir a pobreza energética, alavancar novos modelos de negócios e incentivar o desenvolvimento socioeconômico local.
O modelo das CERs no Brasil: avanços regulatórios e oportunidades
A legislação brasileira tem avançado no sentido de fomentar a criação e o amadurecimento das comunidades energéticas. O novo Marco Legal da Geração Distribuída, sancionado em 2022, reconheceu oficialmente modelos coletivos de geração, incluindo cooperativas e consórcios, que são a base para a constituição das CERs.
Além disso, iniciativas como o Projeto de Lei 3798/24 que regulamenta a criação de comunidades energéticas no Brasil, abrem espaço para a implementação de comunidades energéticas, com apoio técnico e econômico para implantação e estruturação jurídica da comunidade.
Benefícios diretos para municípios e empresas
A criação de uma comunidade energética traz múltiplos benefícios para cidades e organizações que aderem ao modelo:
- Redução de custos com energia elétrica para consumidores e órgãos públicos;
- Valorização de imóveis e espaços subutilizados (telhados públicos, galpões, terrenos industriais);
- Estímulo à economia local com geração de empregos diretos e indiretos;
- Aumento da resiliência energética, especialmente em áreas com infraestrutura precária;
- Melhoria dos indicadores ESG para empresas participantes.
Além disso, projetos bem estruturados podem gerar receitas adicionais com a comercialização dos excedentes de energia e a participação em programas de crédito de carbono. Isso fortalece o posicionamento dessas iniciativas como verdadeiras soluções inteligentes para cidades resilientes.
Etapas para implantação de uma Comunidade Energética
A jornada de implantação de uma CER envolve uma série de etapas estratégicas, que vão desde o diagnóstico inicial até a operação e gestão contínua. Veja abaixo os principais marcos do processo:
- Análise preliminar de viabilidade: Levantamento do perfil de consumo, análise do potencial solar e estudo da rede elétrica disponível.
- Engajamento comunitário e modelagem jurídica: Mobilização dos participantes, definição do modelo de governança (associação, cooperativa, consórcio) e elaboração de estatuto.
- Desenvolvimento do projeto executivo: Dimensionamento técnico, escolha da tecnologia, seleção de fornecedores e modelagem financeira.
- Implementação e conexão à rede: Instalação da planta geradora, comissionamento e homologação junto à distribuidora local.
- Gestão e monitoramento contínuo: Uso de plataformas digitais para medição, balanceamento e otimização dos fluxos energéticos e financeiros.
Como a tecnologia da Eagleprojects acelera esse processo
A Eagleprojects, parceira estratégica da Agile7 no Brasil, é especializada na criação e gestão de CERs, oferecendo uma abordagem que cobre todas as etapas do processo com o apoio de ferramentas de alta tecnologia. Entre as principais soluções oferecidas estão:
- Estudo preliminar e dimensionamento energético;
- Apoio à estruturação legal e estatutária da comunidade;
- Desenvolvimento de projeto executivo e gestão de obra;
- Plataforma digital para gestão da planta, monitoramento de consumo, balanceamento de produção e gestão de créditos junto ao GSE;
- Suporte administrativo para distribuição dos benefícios entre os membros da CER.
Essas soluções são integradas com tecnologias como LIDAR, IA para previsão de demanda, gêmeos digitais e mapeamento territorial via drones. O resultado é uma gestão eficiente, segura e com alto grau de automação.
Desafios e perspectivas para o futuro
Embora o cenário seja promissor, a consolidação das comunidades energéticas no Brasil ainda enfrenta desafios. Entre os principais obstáculos estão a burocracia regulatória, a complexidade dos modelos de negócios, o acesso a financiamento e a falta de conhecimento técnico em muitos municípios.
Contudo, com a crescente valorização das pautas de sustentabilidade e o avanço da digitalização do setor elétrico, espera-se que o número de comunidades energéticas cresça exponencialmente nos próximos anos, especialmente com o apoio de soluções integradas como as oferecidas pela Eagleprojects.
A perspectiva é que as CERs deixem de ser uma alternativa e passem a compor o centro da política energética brasileira, atuando como pilares da segurança energética, inclusão social e desenvolvimento territorial.
Um novo paradigma energético já começou
As comunidades energéticas representam uma disrupção no modelo tradicional de geração e consumo de energia. Elas democratizam o acesso à energia limpa, promovem autonomia local, reduzem desigualdades e contribuem diretamente com os compromissos ambientais globais.
Para municípios, empresas e cidadãos engajados na agenda ESG, as CERs são uma estratégia essencial de médio e longo prazo. Com parceiros como a Agile7 e a Eagleprojects, a implementação dessas soluções se torna viável, escalável e tecnologicamente segura.
Quer entender como sua cidade ou organização pode liderar essa transformação? Entre em contato com a Agile7 e descubra como criar sua própria comunidade energética.
Perguntas frequentes sobre comunidades energéticas
O que são comunidades energéticas?
São associações ou cooperativas que geram e compartilham energia renovável de forma coletiva entre seus membros, reduzindo custos e promovendo autonomia energética.
Como participar de uma comunidade energética no Brasil?
Qualquer pessoa física, empresa ou entidade pública pode participar, desde que esteja vinculada a uma mesma área de concessão e compartilhe o interesse na geração de energia limpa.
Quais os benefícios das CERs para municípios pequenos?
Municípios com menos de 5.000 habitantes podem obter apoio técnico e financiamento público, além de reduzir despesas com energia e promover inclusão energética.
Quais tecnologias são utilizadas em comunidades energéticas modernas?
Soluções como digital twins, inteligência artificial, plataformas de monitoramento remoto, sensores IoT e softwares GIS são amplamente utilizados para otimizar o desempenho das CERs.